A história da Antarctica desenvolveu-se a par da da Brahma. Após os primeiros anos de alguma indefinição e de contínuas mudanças, a firma estabilizou, tornando-se numa das maiores empresas brasileiras do sector das bebidas. A última grande convulsão terá acontecido em 1940, ano em que os proprietários da Companhia Antárctica Paulista, Antonio e Helena Zerrener, alemães de nascença, faleceram e não deixaram herdeiros. A companhia passou então
por diversas mãos, até ser comprada por vários investidores e se tornar na Companhia Antarctica Paulista – Indústria Brasileira de Bebidas e Conexos, com fábricas em Bom Retiro (Cerveja Progresso e cerveja preta) e na Mooca (cervejas claras e conexos). Esta reformulação da empresa permitiu-lhe crescer e ficar mais forte, lançando-se então numa sucessão de aquisições, sendo talvez a de maior destaque a da Cervejaria Adriática, instalada em Ponta Grossa - PR. Esta companhia, pertencente aos Thielen, família de origem alemã, tinha ganho algum destaque na indústria cervejeira, principalmente através da cerveja Original, produzida, quase como a conhecemos ainda hoje, desde 1930. O desenvolvimento da Antarctica passou também pela constituição de uma maltaria própria, neste caso em Jaguaré, São Paulo, e por mais uma aquisição, nomeadamente o antigo prédio da Fábrica de Cerveja e Gelo Colúmbia, em Campinas - SP, que passou a servir de depósito à fábrica adjacente. Infelizmente, esse prédio encontra-se vazio e abandonado desde 1989.
accionário da cervejaria Bohemia, marca essa que ainda hoje faz parte do portefolio da AmBev. Com as constantes aquisições, a Antarctica tinha-se tornado num gigante industrial, sempre atento a novas oportunidades de mercado e a tendências de consumo. Pelo caminho, outras empresas iam ficando sob a sua alçada, casos da Polar, próspera empresa do estado do Rio Grande do Sul, ou da Cerman, da Cervejaria Catarinense (que se instalou em Joinville, em 1938) e, talvez a mais importante de todas, a Companhia Cervejaria Paulista. Esta firma, de grandes tradições e instalada em Ribeirão Preto desde 1911, iniciou uma tradição nesta cidade, local onde abririam inúmeras choperias, entra as quais a muito famosa Pinguim, ao lado do Theatro Pedro II. De facto, não é por acaso que Ribeirão Preto é denominada a Capital do Chope! 

Assegurada que estava a sua estabilidade e representatividade em território brasileiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário